A importância da terapia para libertar medos e angústias
A terapia é, antes de tudo, um espaço de encontro — um lugar onde o que antes era apenas sintoma, ansiedade ou confusão, começa a ganhar voz e forma. Nela, não buscamos apagar o medo, mas compreendê-lo. Porque todo medo tem uma origem, e toda angústia carrega uma mensagem.
Instituto Psicanálise em Movimento
10/19/20251 min read
Vivemos em uma cultura que nos ensina a esconder o que sentimos: a disfarçar a dor com produtividade, o vazio com distração e a insegurança com performance. Mas o que é negado não desaparece — apenas se cala, e mais tarde, volta em forma de tensão, bloqueio, insônia ou sensação de falta de sentido.
A terapia é o convite para fazer o caminho inverso: em vez de fugir da dor, aproximar-se dela com curiosidade.
É o processo de olhar para dentro com o mesmo interesse com que olhamos o mundo. Quando damos nome ao que sentimos, o inconsciente começa a se reorganizar. O que antes parecia um abismo se revela um espelho.
Perder o medo não é se tornar imune a ele, mas aprender a atravessá-lo.
A angústia, quando escutada, se transforma em força criativa.
E o que antes era um fardo passa a ser um portal — o ponto exato em que o sofrimento se converte em consciência.
A terapia, no fim das contas, é um exercício de liberdade:
liberdade de não precisar mais repetir os mesmos padrões,
de se permitir sentir sem culpa,
e de encontrar, no silêncio das próprias verdades, o poder de recomeçar.
